sábado, 31 de julho de 2010

Posted by Velufreitas |

2610789 Em meus 40 anos de vida nunca fiquei distante do cigarro,  em minhas lembranças mais remotas já tenho o cigarro como companhia. Meus pais fumaram durante anos, minha mãe parou na década de 80, mas meu irmão mais velho começou a fumar nessa época. Em minha casa sempre teve cinzeiros, maços de cigarros em cima dos móveis, fumaça em todos os lugares e desde de tenra idade fui fumante passiva. Não é de se admirar que por volta de 11 ou doze anos roubei o primeiro cigarro para experimentar. Mais tarde comecei a fumar em rodinhas de amigos mais velhos que fumavam, iniciando assim o meu vício, portanto uma vida inteira… Não sei o que é ter um ambiente sem fumaça, sem cheiro e sem gosto de cigarro. Motivo este que se torna tão difícil deixar o hábito de fumar.
Hoje estou no quarto dia sem fumar, estou conseguindo me abster sem grande fissura, sem irritação e poucos efeitos colateriais do medicamento. Em certos momentos sinto uma vontade enorme de acender só unzinho… Mas tenho me segurado bem, penso em tudo o que já enfrentei na vida, nas decisões que tomei, nos sacrifícios e renúncias que fiz e então creio que agora não será diferente e se eu ceder terei que iniciar da estaca zero. Se fui forte até agora, tenho de continuar a ser e acreditar que só por hoje não fumarei…

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Posted by Velufreitas |
Comecei a trajetória para deixar de fumar. Hoje entro no terceiro dia sem fumar, sem as tragadas de fumaça que enchem o meu corpo de uma satisfação e prazer, como é um ato banal e capaz de propocionar momento tão prazeroso?
Não estou sozinha nessa empreitada, busquei ajuda médica e estou tomando um remédio que de acordo com o médico é o mais "inteligente" para auxiliar nesse primeiro momento. Não estou tão fissurada, mas confesso que penso no cigarro o tempo todo. É algo que está impregnado em seus hábitos e faz parte do seu dia-a-dia como escovar os dentes, alimentar-se e tudo o mais que fazemos no cotidiano.
Não estou com os efeitos colateriais do medicamento intenso, está tudo suportável e  tento mudar a rotina, passar por outros caminhos e estou com a criatividade mais aguçada como nunca, estou dando vazão a meu lado artístico e a minha cabeça está repleta de coisas a dizer e fazer. É o momento de colocar em prática.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Posted by Velufreitas |

cigarro18
 Tenho 40 anos e sou fumante há 26 anos.

Fumo cerca de um maço de cigarros por dia, aprecio principalmente os cigarros da manhã e depois das refeições. Quando num local em que não posso fumar, fico inquieta e ansiosa pensando em quando poderei sair, são raras as ocasiões em que consigo me esquecer completamente do cigarro.
Na sua falta fico sentindo “algo” um misto de vazio, tristeza, melancolia. Algumas horas depois, já estou irritada, sem foco, de mau humor me sinto sem lugar e fico dando voltas em círculo, abrindo gavetas, revirando a bolsa na esperança de encontrar uma reles e saborosa bituca. Pode acreditar que aquele negócio fétido e de sabor horrível é naquele momento uma delícia.
A chuva está inundando a metrópole, o termômetro marca a temperatura mais baixa do ano e lá estou eu enfrentando as intempéries: me encharcando toda ou congelando para poder acender aquele cigarro depois do jantar ou no horário do almoço.
Nunca me assumi como uma dependente, mas agora analisando essa breve descrição devo admitir que em meio a tantas loucuras que fiz para ter um cigarro entre os dedos sou uma viciada.